A
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos ( ABTO) divulgou
esta semana relatório sobre a situação da doação de órgãos no
primeiro semestre de 2013. O Brasil alcançou 13,3 doadores efetivos
por milhão de habitantes. O Rio Grande do Sul supera a média
nacional e contabiliza 18,5 doadores por milhão. Para o coordenador
da Frente Parlamentar de Estímulo à Doação de Órgãos, deputado
estadual Adilson Troca, os números mostram avanços, mas ainda é
preciso fazer mais para ampliar o número de doadores e diminuir o
sofrimento de quem espera por um transplante.
Atualmente 28.147
brasileiros estão na fila de espera por órgãos. No Rio Grande do
Sul, aponta a ABTO, 1.334 pessoas necessitam de transplantes de rim,
fígado coração, pulmão ou córneas. Para o deputado Adilson
Troca, que trabalha pela causa desde 2005, a questão é a
conscientização. “É imprescindível levar o tema da doação ao
máximo de pessoas. A informação é a melhor amiga da doação.
Ela acaba com mitos, dúvidas e inverdades. É preciso conversar em
casa com a família sobre este tema. Doar órgãos é um gesto de
amor ao próximo que salva vidas”, explica
Conforme
a legislação vigente, a decisão sobre a doação ou não dos
órgãos compete a família após
a constatação da morte encefálica. Embora
ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa não pode respirar sem
ajuda de aparelhos. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados
enquanto há circulação sangüínea para irrigá-los. Se o coração
parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.
Quando
um doador efetivo é reconhecido, as centrais de transplantes das
secretarias estaduais de saúde são comunicadas. Apenas elas têm
acesso aos cadastros técnicos de pessoas que estão na fila. Além
da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames
de compatibilidade com o doador. Por isso, nem sempre o primeiro da
fila é o próximo a ser beneficiado. As centrais controlam todo o
processo, coibindo o comércio ilegal de órgãos.
Ações
de conscientização
Para
ajudar a ampliar o número de pessoas que desejam doar órgãos, o
deputado Adilson Troca instituiu a Frente Parlamentar de Estímulo à
Doação de Órgãos, que desde 2005 trabalho no setor. A Frente
concatena ações e esforços do instituições, ONGS, conselhos
profissionais e poderes em favor da doação.
Operacionalizada
através das redes sociais e com presença em eventos e festas
populares, A Frente e seus parceiros trabalham na divulgação de
informações pertinentes a Doação de Órgãos. “Trata-se de um
mutirão pela vida. São esforços e inciativas que somados ajudam a
fazer a diferença. Enquanto em 2010 o Rio Grande do Sul contava com
12,2 doadores efetivos por milhão de habitantes, hoje já atingimos
18,5. Para melhorarmos ainda mais precisamos fomentar o envolvimento
da comunidade e para isso tentamos aproximar esta discussão do
cotidiano das pessoas”, ressalta Adilson Troca.
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